Averbamento (s. m.): Acto ou efeito de averbar; Nota lançada à margem de um título ou registo; Registo.

24
Fev 11

Hoje este modesto espaço está em destaque nos blogues do Sapo.

 

Sejam todos bem vindos a esta modesta casa e estejam à vontade para visitar todos os cantos.

 

E um grande bem haja ao pessoal do Sapo pelo destaque.

publicado por Helder Robalo às 16:19
Averbamentos:

23
Fev 11

Em tempos, o camarada Oscar Mascarenhas, em Janeiro de 2004, escreveu isto:

"Não é estranho que a questão da ordem surja agora como uma «delenda Carthago» (ó Vital, dellenda não é com dois ll? – bem me parecia…) em todas as mesas-redondas onde aparecem pessoas com responsabilidades editoriais? Por certo, muitos assistiram a um recente debate na SIC Notícias que reuniu aquilo a que eu vou chamando o «Sindicato dos Directores (em construção)» e a que Serge Halimi apoda, com muito mais descaridade, «Os Novos Cães de Guarda» (há edição em português)".

 

E isto:

"E, agora vamos: os directores querem a Ordem? Para quê? Para que a Ordem ponha ordem nas coisas. Já viram tanta piedade e auto-desconfiança? Saibam todos que os directores dos órgãos de informação têm mais poder do que as administrações em matéria ética: as administrações, aliás, não têm qualquer poder disciplinar em matéria de incumprimento ético, têm-no tão-somente em matéria de violação da lei laboral. São os directores os únicos, apoiados pelos respectivos Conselhos de Redacção, que podem elaborar libelo acusatório, para despedimento, de um jornalista eticamente incumpridor. Sabeis de algum jornalista despedido por não respeitar o Código Deontológico? Não? Então, eu e a lógica autorizamo-vos a deduzir que todas as canalhices éticas perpetradas nos órgãos de informação foram-no com a autorização, prévia ou superveniente, dos respectivos directores."

publicado por Helder Robalo às 14:46
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16
Fev 11

Volta e meia surgem na internet - agora potenciadas pelo fenómeno facebook - propostas para realizar um bloqueio às gasolineiras.

As propostas passam, em muitos dos casos, pelo compromisso de cada de, durante um ou dois dias, não abastecer o carro.

E eu acho piada a estas ideias. Divirto-me com elas até. Porque, de uma forma ou de outra, as gasolineiras não perdem dinheiro com isto. Porquê? Porque para amanhã e depois eu não abastecer o carro para fazer a minha deslocação tradicional para o trabalho, vou ter de o fazer ou hoje ou, se tiver muito combustível, no dia seguinte ao fim do boicote. Ou seja, na verdade, as gasolineiras não perdem dinheiro nenhum. Ele só lhes entra nos cofres mais tarde. E, às vezes, com um bocado de sorte, ou azar consoante a perspectiva, a um preço superior.

publicado por Helder Robalo às 17:11
Averbamentos: ,

15
Fev 11

Alerta o Sindicato dos Jornalistas que "a TVI tem vindo a abordar vários jornalistas e outros trabalhadores com vista ao seu despedimento disfarçado de rescisões por mútuo acordo e de não renovação de contratos de trabalho a termo". Mais informações no sítio do Sindicato dos Jornalistas.

publicado por Helder Robalo às 19:04

11
Fev 11

E agora Egipto?

publicado por Helder Robalo às 16:17
Averbamentos:

Há dias o Pedro Correia desafiou-me a escrever um texto para o Delito de Opinião. Aceitei-o de imediato. Na altura deixei um "alerta" aqui no Bloco para esse tema, através do vídeo da música dos Deolinda "Movimento Perpétuo Associativo", prometendo em breve explicar o porquê da escolha desse tema.

 

Hoje deixo aqui o texto que escrevi para o Delito e que explica o porquê da escolha daquele vídeo depois de ter escrito o texto.

 

Um povo de mansos

"É preciso mudar isto, já não se aguenta." A frase, com mais ou menos variação, corre de boca em boca com frequência. Emocionamo-nos com os Deolinda e aplaudimos de pé Ana Bacalhau enquanto entoa "que mundo tão parvo que para ser escravo é preciso estudar". Saímos do Coliseu e, pela rua fora, comentamos para o lado que "os gajos estão cheios de razão", que "isto era preciso outro 25 de Abril".

Ligamos a televisão e procuramos avidamente as notícias da revolução no Egipto, o povo na rua a exigir a mudança e, invejosos, logo disparamos que "era preciso algo assim mas era cá".

E, distraídos com os incêndios na Rússia, as cheias na Austrália, a revolução na Tunísia ou o ataque terrorista em Estocolmo, deixamos que o Governo nos vá ao bolso e nos tire ao salário mais dois pontos percentuais para pagar o IVA. Entretidos com a constante gatunagem da malta das gasolineiras, vamos dando graças aos sócrates por impedirem que o FMI entre por aí dentro e mande na nossa vida. Enquanto festejamos as goleadas às espanhas, patrões e governantes, sentados à mesma mesa, vão combinando como tirar mais um pouco do salário aos trabalhadores e até como os obrigar a subsidiar a sua própria indemnização. Mas com limites que isto está mal para as empresas e elas não podem andar aqui a dar indemnizações chorudas a esses malandros que só se preocupam com o tacho deles. “Vais para o desemprego aos 45 e agora, se quiseres trabalhar amanha-te, que ainda não tens idade para a reforma.”

Embalados pelos jornais e televisões com os crimes cometidos pelos renatos desta vida e pelas tricas e intrigas dos partidos à esquerda e à direita, nem reparamos que, nos intervalos, os proenças deste Portugal deram o seu aval para que os trabalhadores deixem mais de metade do seu salário nos recibos que têm a cor que devia ser de esperança.

E, no meio disto tudo, distraídos pelos bancos que não fecharam e deviam fechar, continuamos a reclamar que nos estão a ir ao bolso e que era preciso era o povo vir para a rua outra vez. Mesmo que, quando ele sai à rua, os olhemos de lado e digamos que são "uma cambada de malandros que não querem trabalhar".

No meio disto tudo, na verdade, continuamos a reclamar por um novo levantamento de Abril. De preferência com os capitães a darem a cara por nós outra vez. Queremos a revolução na rua, sonhamos com uma mudança de vida, mas aceitamos de bom grado o salário de 400 euros a troco de doze horas de trabalho e, no final, ainda damos graças porque temos trabalho e há muitos que até o faziam de borla.

Afinal, ambicionamos por um futuro melhor e nem reparamos, ou fingimos não reparar, que nos estão a roubar o presente. Aplaudimos o aumento da escolaridade, lamentamos a subida do preço da gasolina e fingimos não reparar que a cada ano ganhamos menos.

Queremos uma revolução, mas esquecemos que ela tem de começar em cada um de nós, que não podemos ficar à espera que outros a façam. Os outros que a façam que eu agora não posso.

Cantem os Deolinda odes ao "mundo parvo onde para se ser escravo é preciso estudar". Povo de doutores. E de engenheiros. Povo de mansos que tem medo de lutar.

publicado por Helder Robalo às 11:22

10
Fev 11

Hoje, momentaneamente, estou no Delito de Opinião, a convite do Pedro Correia.

publicado por Helder Robalo às 12:59
Averbamentos:

05
Fev 11

Fez hoje dez anos que entrei numa redacção de um jornal pela primeira vez na minha vida. Fui estagiar para o DN e por lá fiquei. Não me arrependo. Aprendi muito como pessoa e como profissional. Trabalhei com grandes camaradas - mesmo que a distância entre o Porto e Lisboa seja enorme. Recordo o António Castro, o meu primeiro chefe no DN, no Desporto. O José David Lopes, com quem ainda trabalhei uns anos. Tal como o Faria Artur, a Feliciana e uma pessoa que ainda lá está e que foi provavelmente o meu melhor editor de sempre: o Vítor Martins, na Economia. Profissionais com P grande. Recordo ainda o Helder Bastos, meu primeiro chefe, a par do Castro, mas na redacção do Porto e que muito fez por mim.
Mas confesso que cada vez mais olho com maior tristeza para esta profissão que perde os seus princípios a cada dia que passa, que se descaracteriza, que se vulgariza. Que não percebe para onde quer ir.
Como me dizia há pouco uma camarada: Olha, bardamerda pra isto...

publicado por Helder Robalo às 23:24
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04
Fev 11

diz Ana Bacalhau, dos Deolinda. Será este um grito de uma geração?

 

publicado por Helder Robalo às 20:23
Averbamentos:

Deixo-vos este vídeo dos Deolinda, com o "Movimento Perpétuo Associativo", por agora. Em breve explico por quê.

 

publicado por Helder Robalo às 13:51
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