Fez hoje dez anos que entrei numa redacção de um jornal pela primeira vez na minha vida. Fui estagiar para o DN e por lá fiquei. Não me arrependo. Aprendi muito como pessoa e como profissional. Trabalhei com grandes camaradas - mesmo que a distância entre o Porto e Lisboa seja enorme. Recordo o António Castro, o meu primeiro chefe no DN, no Desporto. O José David Lopes, com quem ainda trabalhei uns anos. Tal como o Faria Artur, a Feliciana e uma pessoa que ainda lá está e que foi provavelmente o meu melhor editor de sempre: o Vítor Martins, na Economia. Profissionais com P grande. Recordo ainda o Helder Bastos, meu primeiro chefe, a par do Castro, mas na redacção do Porto e que muito fez por mim.
Mas confesso que cada vez mais olho com maior tristeza para esta profissão que perde os seus princípios a cada dia que passa, que se descaracteriza, que se vulgariza. Que não percebe para onde quer ir.
Como me dizia há pouco uma camarada: Olha, bardamerda pra isto...