Em tempos, o camarada Oscar Mascarenhas, em Janeiro de 2004, escreveu isto:
"Não é estranho que a questão da ordem surja agora como uma «delenda Carthago» (ó Vital, dellenda não é com dois ll? – bem me parecia…) em todas as mesas-redondas onde aparecem pessoas com responsabilidades editoriais? Por certo, muitos assistiram a um recente debate na SIC Notícias que reuniu aquilo a que eu vou chamando o «Sindicato dos Directores (em construção)» e a que Serge Halimi apoda, com muito mais descaridade, «Os Novos Cães de Guarda» (há edição em português)".
E isto:
"E, agora vamos: os directores querem a Ordem? Para quê? Para que a Ordem ponha ordem nas coisas. Já viram tanta piedade e auto-desconfiança? Saibam todos que os directores dos órgãos de informação têm mais poder do que as administrações em matéria ética: as administrações, aliás, não têm qualquer poder disciplinar em matéria de incumprimento ético, têm-no tão-somente em matéria de violação da lei laboral. São os directores os únicos, apoiados pelos respectivos Conselhos de Redacção, que podem elaborar libelo acusatório, para despedimento, de um jornalista eticamente incumpridor. Sabeis de algum jornalista despedido por não respeitar o Código Deontológico? Não? Então, eu e a lógica autorizamo-vos a deduzir que todas as canalhices éticas perpetradas nos órgãos de informação foram-no com a autorização, prévia ou superveniente, dos respectivos directores."