O autor refere que, "quando uma criança é vítima de bullying, poderá ter medo de ir à escola. Poderá ficar doente no domingo à noite e enjoado na segunda-feira de manhã, só de pensar em ir para a escola e enfrentar os bullies [agressores]". "Cada dia é um campo de minas social, podendo ocorrer vários acontecimentos desconhecidos e potencialmente perigosos, até que o dia chegue ao fim", lê-se na obra de 240 páginas. Allan L. Beane dirige-se aos pais: "O medo, a ansiedade e o stress poderão levar o seu filho a fingir que está doente, a fugir da escola ou a faltar às aulas". Para o escritor, "qualquer conversa sobre suicídio deve ser levada a sério e merece atenção imediata".
Segundo Allan L. Beane, "o bullying também pode levar uma criança a aderir a um gangue, uma seita, um grupo intolerante ou a um grupo de toxicodependentes". Sublinha ainda que "o bullying é igualmente uma explicação recorrente para a maioria dos tiroteios nas escolas. Após anos de maus-tratos, algumas vítimas de bullying percorrem um caminho bastante triste e perigoso que as faz passar da dor à vingança". Entre os vários "sinais de alerta" que revelam que o jovem pode ser vítima, destacados pelo autor, encontra-se "uma súbita falta de interesse pelas actividades académicas, as suas notas baixarem, darem preferência à companhia de adultos, terem pesadelos e dificuldade em dormir, manifestarem raiva e irritabilidade, apresentarem lesões físicas inexplicáveis, faltarem às aulas, darem sinais de depressão ou de ansiedade". (Agência Lusa, via Diário de Notícias online)