Averbamento (s. m.): Acto ou efeito de averbar; Nota lançada à margem de um título ou registo; Registo.

18
Dez 10

O debate já foi feito há uns anos largos, entre os jornalistas, mas um grupo de pessoas tem procurado, nos últimos dois anos, trazer de novo o debate da Ordem dos Jornalistas para tema do dia. Um dos argumentos maiores utilizados é o de que é necessário criar um organismo, independente dos jornalistas e do poder político, que regule a deontologia profissional, uma vez que, dizem, a auto-regulação não tem funcionado.

Por diversas razões, em dez anos de profissão, sempre me opus a uma ordem profissional dos jornalistas. Por entender que, nesta profissão, é algo que não faz sentido e mais não seria do que a criação de uma montra de vaidades para alguns e, principalmente, de um controlo inadmissível no acesso à profissão.

 

Hoje, no Porto, o ministro da Ciência e da Tecnologia, de acordo com notícia da Lusa replicada pelo Público, meteu o dedo na ferida e fez um ataque violentíssimo às ordens profissionais em Portugal e acusou-as de apenas quererem deter a chave da porta de acesso à profissão, desculpando-se com a necessidade de existirem para controlar (regular para ser simpático) a deontologia profissional. Sem deixar de apontar o dedo acusatório à complacência parlamentar.

 

Diz Mariano Gago: «“Chegam lá ao gabinete e dizem-me: ‘Senhor ministro, desculpe lá, quer proletarizar esta profissão? Arranje uma maneira de fechar estas entradas, seja como for’”, referiu, citando o estilo de conversa dos representantes das ordens profissionais.»

 

E acrescenta: "A complacência, a cedência corporativa a quem chateia o parlamento com o argumento de que não se pretende fechar o mercado de trabalho - que ideia! - e apenas se quer fazer deontologia, é absolutamente extraordinária".

 

Creio que é um discurso interessante para ler. Sobretudo aqueles que com tanto afinco querem promover este debate na classe!

publicado por Helder Robalo às 14:28

O ministro fez um «ataque violentíssimo» às ordens profissionais e isso funciona como argumento de autoridade para nós as rejeitarmos? Com franqueza, Helder, esperava um pouco mais de ti.
Já estou até a imaginar o Marinho Pinto a renunciar ao cargo, confrontado com as declarações «violentíssimas» de um ministro que se destaca precisamente por passar quase todo o tempo num discreto silêncio.
Abraço

P. S. - Precisas mesmo de gravar os IP de quem comenta os 'posts', meu caro? Felizmente, em cinco anos de blogosfera, e cofrontado com debates quase diários, nunca senti essa necessidade.
Pedro Correia a 22 de Dezembro de 2010 às 12:32

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