Conta a Al Jazeera, que tem estado quase sempre em directo do Cairo e de Alexandria, já morreram mais de cem pessoas nos confrontos ocorridos nas ruas do Egipto desde que milhares passaram a exigir, diariamente, a saída de Mubarak do poder.
O homem que dirige os destinos do país das pirâmides há três décadas forçou a demissão do governo e nomeou, pela primeira vez em 30 anos, um vice-presidente. Mas nem assim acalmou a fúria da população.
No meio de todos estes protestos, um dado parece dar maior força à vontade popular: a polícia, força de repressão por excelência do regime egípcio, desapareceu das ruas do Cairo. Nas principais artérias, e junto aos principais edifícios da capital egípcia, apenas se vê o exército, que procura evitar que os populares invadam edifícios como o do Ministério do Interior.
Contudo, o exército mais não tem feito do que apelar à calma da população e sugerir que, com as primeiros pilhagens, sejam as próprias pessoas a proteger os seus bens.
Estará o bater de asas da borboleta na Tunísia a provocar um vendaval político no Médio Oriente? A verdade é que a Revolução do Jasmim passou pelo Iémen e já há registos de protestos na Jordânia. E Israel? Irá sobreviver a esta onda de protestos?