Tal como seria de esperar, depois de acordada, com a benção da UGT, a redução do valor da indemnização de 30 para 20 dias num limite máximo de 12 anos para os novos contratos de trabalho, sabe-se hoje que "a redução das indemnizações devidas aos trabalhadores em caso de despedimento não irá aplicar-se apenas aos futuros contratos de trabalho, mas também aos actuais" (via Jornal de Negócios).
O Governo, com o apoio das associações patronais, e o mais que provável "sim" da União Geral dos Trabalhadores, prepara-se assim para dar maus uma forte machadada nos direitos dos trabalhadores permitindo, simultaneamente, ao patronato tratar, cada vez mais, a classe operária como meros números de mão-de-obra, contratáveis a baixo preço e dispensáveis a preços ainda mais reduzidos.
Aposto dobrado contra singelo em como, a partir do momento em que esta medida entre em vigor, centenas, se não milhares, de trabalhadores com mais de 15 e 20 anos de "casa" serão rapidamente despedidos (dispensados como hoje sói dizer-se), a preços de saldo, e substituídos por trabalhadores a recibos verdes a receber uma ninharia.
As novas medidas de austeridade podem ser lidas, por exemplo, no Jornal de Notícias.